O que vem na sua cabeça quando você pensa em uma música que desperte a sua felicidade? Pode dizer qualquer nome ou mentalizar o som que, neste caso em especial, você não vai acertar tão fácil. Um estúdo científico especializado considerou que a fantástica “Good Vibrations“, clássico do cancioneiro do Beach Boys lançado em 1966, é a música “mais feliz da história“.
O estudo partiu do musicólogo Dr. Michael Bonshor, professor de psicologia musical na Universidade de Sheffield, na Inglaterra. Ele afirma que a canção é associada ao sentimento de alegria porque ela segue alguns pré-requisitos: ritmo de 137 batidas por minuto, utiliza acordes de sétima, segue uma escala maior e possui uma estrutura de verso-refrão-verso-refrão.
Á imprensa, o acadêmico explicou por que essa fórmula específica agrada tanto aos ouvintes ocidentais. “Gostamos de acordes de sétimas porque eles criam um interesse na música – acordes regulares usam somente três notas musicais, enquanto acordes de sétimas adicionam uma nota extra que provoca uma sensação de ‘tensão’ e ‘alívio’ musical”, disse.
De acordo com estes requisitos, outras canções como “I Got You” (James Brown), “Get the Party Started” (P!nk) e “Uptown Girl” (Billy Joel) também estariam com este posto de transmitir felicidade na nossa mente. O Dr. Bonshor conclui ainda que existem outros aspectos para garantir o sucesso de uma composição de “caráter contente”.
“Canções alegres geralmente tem uma batida forte, para que você consiga dançar – e uma introdução curta significa que a música começa direto, sem grandes aberturas. Gostamos de um volume alto nas nossas músicas felizes, com as notas tocadas de forma intensa e saltitante por instrumentos como trompetes ou guitarras elétricas, ao invés de instrumentos mais melancólicos. Finalmente, um ritmo repetitivo ou uma sequência na guitarra nos quais as pessoas possam se apegar e memorizar é a cereja do bolo”, disse.
A faixa é a primeira do lado B de “Smiley Smile“, disco que sucedeu o épico “Pet Sounds“, e começou a ganhar importância com o passar do tempo, sobretudo por estar no ápice da criatividade de Brian Wilson.