Um estudo global da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, confirmou que as músicas ouvidas na adolescência deixam marcas emocionais duradouras. Segundo os pesquisadores, entre 16 e 19 anos ocorre o chamado “pico de reminiscência” — fase em que o cérebro está mais sensível a experiências intensas e tende a associar sons e letras a memórias profundas.
A pesquisa, realizada com cerca de 2 mil pessoas de 84 países, mostrou que o vínculo com a música varia conforme o gênero: nos homens, o auge ocorre por volta dos 16 anos, com destaque para o rock e o punk; nas mulheres, aos 19, com maior diversidade de estilos, como pop e soul, ligados a laços afetivos.
Os cientistas também observaram que a música continua a nos acompanhar ao longo da vida, ganhando novos significados com o tempo. O estudo destacou ainda o “efeito cascata de reminiscências”, em que jovens criam fortes laços com músicas de décadas anteriores, herdadas de pais ou gerações passadas — uma prova de que o poder da música transcende o tempo.