Miley Cyrus, conhecida por sua versatilidade artística e trajetória que transita entre o pop, o country e o rock, revelou em entrevista à edição francesa da revista Vogue que a música tradicional brasileira faz parte de suas influências criativas. A cantora compartilhou que, ao compor, busca capturar sentimentos profundos, e que gêneros como a música brasileira e o country norte-americano são fontes ricas de emoção, mais do que de técnica ou estrutura.
Segundo Miley, o que mais a atrai nesses estilos não são necessariamente as letras ou os acordes, mas a intensidade emocional que eles transmitem. Ela acredita que a autenticidade dos sentimentos é o ponto de partida para criar músicas impactantes. A partir dessa base emocional, ela trabalha os arranjos, texturas e tonalidades que tornam um álbum memorável. Essa abordagem revela uma artista preocupada em conectar-se com o público por meio de experiências sensíveis e universais.
“Sou influenciada por muitos gêneros musicais diferentes, e minhas músicas refletem isso! Quando ouço música tradicional brasileira ou música country, não são as letras ou os acordes que me cativam, mas os sentimentos que expressam. Por isso, é essencial capturar a emoção desde o início e, em seguida, trabalhar os tons, as texturas e os arranjos que tornam um álbum espetacular também”, explica a cantora.

Miley também mencionou que sua inspiração pode surgir em qualquer lugar — seja no carro, em casa ou durante viagens. Para ela, melodias e refrões espontâneos são comuns, mas o processo de composição exige dedicação e refinamento. Ela prefere usar o piano ou o violão para moldar suas ideias, transformando fragmentos de inspiração em músicas completas. “Eu componho o tempo todo, em qualquer lugar… até no carro. Pequenas melodias, letras, refrões podem vir de qualquer lugar. Então, é claro, você tem que sentar com um violão, ou de preferência um piano, e moldar sua músicas. Mas a inspiração é espontânea, sempre”, disse.
Além da música brasileira, Miley Cyrus também demonstrou apreço pela música francesa das décadas de 1960 e 1970. Ela citou Vanessa Paradis como uma referência, especialmente pelo álbum que a cantora francesa gravou com Lenny Kravitz nos anos 1990. A delicadeza de Paradis, combinada com grandes orquestrações, fascina Miley, que valoriza contrastes e combinações inesperadas em sua arte.
Essa preferência por elementos aparentemente incompatíveis também se reflete nas composições recentes de Miley. Ela afirmou que gosta de criar músicas dançantes com letras melancólicas, explorando a tensão entre alegria sonora e tristeza lírica. Para a artista, quebrar regras e desafiar expectativas é parte essencial de sua identidade musical e pessoal.
A relação de Miley Cyrus com o Brasil não é recente: em 2022, ela se apresentou no festival Lollapalooza em São Paulo, onde dividiu o palco com Anitta. As duas mantêm uma amizade fora dos holofotes, e é possível que Anitta tenha sido uma ponte para Miley se aproximar da música brasileira. Essa conexão cultural reforça o interesse da cantora por sonoridades que vão além do mainstream norte-americano.