Parceiro do também saudoso Zé Rodrix na épica “Casa no campo“e de Ney Azambuja na obra-prima nostálgica “Rua ramalhete” (1979), o cantor, compositor e músico mineiro Luís Otávio de Melo Carvalho, o Tavito, terá a obra autoral ampliada de forma póstuma. Em 5 de dezembro próximo, a gravadora Savalla Records põe no mercado fonográfico o álbum Tavito inéditas, de título autoexplicativo.
O disco apresenta dez composições inéditas recolhidas no baú de Tavito. Nove ganham as vozes de Clarisse Grova & Marcio Lott – cantores que conviveram com Tavito na produtora Zurana, na qual o compositor trabalhou com a criação de jingles – e uma música é interpretada pelo próprio Tavito. O repertório do álbum Tavito inéditas é formado pelas músicas “Poesias cantadas”, “Pra que a vida aconteça”, “Na beira da canção”, “Descanso”, “Ladainha”, “O mar em mim”, “Embora”, Igual ao mar”, “As meninas” e “Pai Nosso“.
Nascido em Belo Horizonte (MG), Tavito migrou em 1968 para o Rio de Janeiro (RJ), cidade onde começou a concretizar o sonho de viver de música ao integrar o conjunto Som Imaginário no início da década de 1970, logo após após ter se lançado como compositor em festival de 1969. Com repertório essencialmente instrumental e jazzístico, o grupo foi criado para acompanhar Milton Nascimento, membro aglutinador do Clube da Esquina.
Tavito, inclusive, também frequentou o clube e, como os demais colegas de geração, amou os Beatles e mixou a vivência mineira com o universo pop que se descortinou na música do mundo ao longo do anos 1960.
A discografia solo do artista é formada pelos álbuns Tavito (1979), Tavito 2 (1981), Tavito (1982), Tudo (2009) e Mineiro (2014).




