E a semana termina com a musica de luto novamente. Se perdemos o Tremendão no começo dela, encerramos ela vendo se calar para sempre uma das vozes mais marcantes do Pop mundial nos anos 1980. Voz de sucessos musicais do cinema oitentista, Irene Cara, 63 anos, morreu neste sábado (26), na Flórida, onde residia. A causa da morte ainda não foi divulgada.
A notícia foi confirmada durante a manhã de sábado (no Brasil) por sua assessora, Judith Moose, e divulgada no Twitter da cantora. “Esta é a pior parte de ser um publicitário. Não acredito que tive que escrever isso, muito menos divulgar a notícia. Por favor, compartilhe seus pensamentos e memórias de Irene. Estarei lendo cada um deles e sei que ela estará sorrindo do céu. Ela adorava seus fãs”, acrescentou.
Cantora, compositora e atriz, Irene Cara chegou a glória musical em 1980, e em via dupla: não bastasse a música-título, ela ainda deu vida a Coco Hernandez em “Fame“, uma das mais marcantes produções musicais da década e que renderam o Oscar de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original para outro grande sucesso de seu repertório: “Out Here On My Own“, também trilha do filme.
E ela não parou: três anos depois lá estava Irene de novo, emprestando seu talento em voz e composição para, talvez, seu maior cartaz musical. Era a apoteótica “Flashdance…What a Feelin“, composta junto do também gigante Giorgo Moroder e de Keith Forsey para ser o tema de “Flashdance: Em Ritmo de Embalo“. Não foi nem um pouco diferente de “Fame“, Irene voltou a levar uma estatueta do Oscar de “Melhor Canção Original” pra casa em 1983, além do Grammy por melhor performance pop vocal feminino em 1984 e outras várias premiações.
Com um ar adolescente, Irene Cara diferenciava-se de divas da Disco, como Gloria Gaynor e Donna Summer por dar as performances no palco um ar mais jovial e tranquilo, sem contar a produção musical bem amarrada, feita justamente para virar uma apoteóse a cada acorde. Ela continuou cantando após o sucesso de Flashdance, sendo ainda homenageada e lembrada obrigatoriamente a cada momento de remember oitentista] (Renato Rocha que o diga).
É mais uma página dolorida para a música em novembro: Bebeto, Gal, Dan, Rolando, Erasmo e, agora, a eterna jovem Irene Cara. Gratidão por fazer os anos 80 ainda mais dançantes do que já foram.
