Nos últimos dias, os seis primeiros álbuns de Taylor Swift registraram um aumento impressionante nas transmissões no Spotify, logo após a cantora anunciar a compra dos direitos autorais desses projetos. Segundo o Hollywood Reporter, o álbum “Speak Now” (2010) liderou esse crescimento, com um salto de 430% nos streams. Os demais discos também apresentaram aumentos expressivos: “Taylor Swift” (2006) subiu 220%; “Reputation” (2017), 175%; “Fearless” (2008), 160%; “Red” (2012), 150%; e “1989” (2014), 110%.
Ao obter o controle total sobre as masters e os direitos autorais de seus primeiros álbuns, Taylor Swift pode direcionar as receitas geradas pelas músicas diretamente para si mesma, além de fortalecer seu domínio sobre seu vasto catálogo musical. Essa recuperação permite que a artista lance versões regravadas dos discos — as famosas “Taylor’s Version” — que reforçam sua independência financeira e artística.

A conquista de Taylor Swift chamou atenção para a crescente importância dos direitos autorais e da propriedade intelectual no setor musical. Essa movimentação inspirou diversos artistas a se posicionarem publicamente e renegociarem seus contratos para garantir maior controle sobre suas obras. Além disso, gravadoras e profissionais da indústria passaram a discutir com mais transparência e urgência os termos relacionados à posse dos direitos das gravações originais, refletindo uma mudança significativa no mercado musical global.
Um exemplo semelhante recente é o de John Fogerty, vocalista e guitarrista do Creedence Clearwater Revival. Após reconquistar os direitos autorais de suas canções mais famosas, Fogerty iniciou a divulgação da releitura desses sucessos, agora gravados em colaboração com seus filhos. A briga aqui era antiga, entre Fogerty e os dois últimos remanescentes da banda vivos: Doug Clifford e Stu Cook, resquícios do que foi a cizânia entre os membros do conjunto no começo dos anos 1970.
Essa iniciativa segue a mesma lógica de Taylor Swift: recuperar o controle sobre o catálogo musical e apresentar versões atualizadas que reverberam entre fãs antigos e novas gerações, reforçando o valor e o legado das obras.