Estudo aponta: Público prefere alugar música em vez de comprar

Se antes a gente fazia questão de ter o CD/K7/LP na estante ou o arquivo MP3 bem guardado no HD, hoje o papo mudou. Um novo estudo da Edison Research, divulgado pelo Music Ally, mostra que a maioria dos ouvintes está mais do que satisfeita em pagar pelo direito de acessar música, e não de possuí-la.

De acordo com a pesquisa “Share of Ear”, referente ao primeiro trimestre de 2025, 51% dos americanos com mais de 13 anos assinam pelo menos um serviço de streaming de áudio — como Spotify, Apple Music, Deezer e outros. Desses, 35% assinam apenas um serviço, número que vem crescendo desde 2022, enquanto a porcentagem de quem paga por dois ou mais caiu drasticamente.

A tendência é clara: os ouvintes estão simplificando. Diante de inflação, cortes e apertos no bolso, o público decidiu manter só o essencial. E como os catálogos das plataformas são praticamente idênticos, pouca gente vê sentido em pagar por mais de um serviço. Esse comportamento marca uma virada histórica: pela maior parte do tempo em que a indústria da música existiu, o padrão era comprar — seja vinil, fita cassete, CD ou até download digital. Agora, a galera tá feliz em simplesmente alugar a trilha sonora da vida.

Só que essa mudança de mentalidade pode acender o sinal vermelho na indústria. O crescimento das assinaturas parece ter batido no teto em boa parte do mundo, e com o público cada vez mais seletivo (ou migrando para os planos gratuitos), muita gente no mercado já começa a falar no chamado “pico do streaming”.

Enquanto isso, o que não para de crescer é o streaming em si, e mais do que nunca a música está no ar. Só não está mais na prateleira.

Ver mais novidades