Luto na musica e no cinema: Morre a atriz e cantora Olivia Newton-John, aos 73 anos

Atitude, olhar angelical, energia nas canções e o poder de mesclar musica com atuações cheias de entrega e dedicação nos filmes que estrelou. Ela era muito mais do que uma moça de madeixas louras vinda de Cambridge para ganhar o mundo, mas uma mulher cheia de talento, sorrisos e um lado humano gigante, capaz de deixar uma herança enorme ao fim de sua luta contra o câncer.

É dessa forma que ficam gravadas na memória dos profissionais e aficionados do show business que despedem-se nesta segunda-feira (8) da estrela de Olivia Newton-John. Atriz e cantora, ela faleceu cercada de amigos e familiares em um rancho no sul da Califórnia depois de três décadas lutando contra um câncer de mama com metástase no osso sacro. A morte de Olivia foi comunicada pelo marido, John Easterling, em meados da tarde. Ela tinha 73 anos.

“Olivia foi um símbolo de sucessos e esperança por mais de 30 anos compartilhando sua jornada com o câncer de mama. Sua inspiração de cura e experiência pioneira com plantas medicinais continua com a Olivia Newton-John Foundation Fund, dedicado à pesquisa de plantas medicinais e câncer”, escreveu Easterling, que pediu ainda que “em vez de flores, qualquer doação seja feita em sua memória para o Olivia Newton-John Foundation Fund (ONJFoundationFund.org).”

A trajetória de Olivia começou no início da década de 1970, ainda na Inglaterra. Depois de alguns projetos musicais e filmes obscuros, ela ganhou a sonhada projeção quando participou do Eurovisão de 1974, em Brighton. No mesmo evento que o ABBA faturaria com “Waterloo”, Olivia classificava-se em quarto no geral com “Long Live Love”, caindo nas graças dos conterrâneos.

https://www.youtube.com/watch?v=9zExYYjoxqI

Emplacando alguns singles durante a década, seria em 1978 que viveria, talvez, seu grande momento no cinema e na música: foi quando contracenou com um ainda jovem John Travolta no épico musical “Grease: Nos Tempos da Brilhantina”, produzido por Robert Stingwood e com letras compostas pelos Bee Gees, retratando em cor e som o ambiente frenético da juventude dos anos 1950 sob o foco do jovem casal Sandy, a tímida garota colegial, e Danny, um ousado líder de uma gangue de garotos. “Você fez todas as nossas vidas muito melhor”, escreveu Travolta, lamentando a morte da amiga e ex-colega de cena.

Dois anos depois, Olivia ainda estrelaria, ao lado do astro de “Cantando na Chuva” Gene Kelly, o apoteótico “Xanadu”. No entanto, mesmo com a trilha poderosa da atriz e com o ritmo da Electric Light Orchestra (ELO), o filme não foi bem recebido pela crítica e só seria reconhecido de fato pelo valor que possuía muitos anos depois.

https://www.youtube.com/watch?v=itRFjzQICJU

Mas Olívia não era só cinema. A carreira musical estava muito bem consolidada, o que gerou na carreira como um todo mais de 100 milhões de discos vendidos e hits inesquecíveis como “Physical”, “I Honestly Love You”, “If Not For You”, “Magic” e “Let Me Be There”. Ainda nos anos 1970, participou de um interessante especial com o ABBA e Andy Gibb, o mais novo irmão dos Bee Gees. Na prateleira de suas conquistas, ainda somam-se quatro estatuetas do Grammy, incluindo o troféu pelo clipe de “Physical”, em 1983, um vídeo icônico e cheio de paródias naqueles idos.

Olivia Newton-John deixa o marido; a filha, Chloe Lattanzi; a irmã, Sarah Newton-John; e o irmão, Toby Newton-John, além de 15 sobrinhas e sobrinhos e uma legião de admiradores que vão sentir falta de sua energia, atitude, graça e coragem, no palco, no microfone e na luta pela vida.

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