O ano era 2001 e o rock estava declaradamente “morto”, ninguém mais acreditava que o estilo poderia voltar ao mainstream. Foi então que cinco rapazes de Nova Iorque chegaram com tudo. No dia 29 de janeiro de 2001, era lançado o primeiro EP de uma das bandas mais influentes do século XXI: The Strokes.
Ao contrário do que muita gente acredita, não foi nos EUA que a banda gerou o boom, aquele hype e a curiosidade do público. Gravado de forma bem orgânica, ao vivo em estúdio e trazendo apenas três canções, o “The Modern Age” foi lançado primeiro na Inglaterra. E foi lá que o quinteto causou um frisson com o selo Rough Trade.
Produzido por Gordon Raphael, o compacto catapultou o Strokes para o mundo, o que gerou até uma verdadeira guerra de interesses entre gravadoras para lançar o primeiro disco. Nesta época eles já eram conhecidos como a “maior banda de rock and roll em anos” ou como muitas revistas publicavam, “a salvação do rock”.
Ainda assim, houve uma divisão entre as revistas independentes da época: seriam eles os salvadores do rock ou apenas cinco jovens riquinhos que copiavam o Velvet Underground? As semelhanças eram grandes, sem dúvida. Além de novaiorquinos, a banda tinha Julian Casablancas como vocalista e é inegável que seu estilo vocal lembre bastante o mestre Lou Reed.
Da mesma forma, a alternância entre as guitarras de Hammond e Nick Valensi, geravam muitas comparações com a dupla Lou Reed e Sterling Morrison. A bateria crua do brasileiro Fabrício Moretti e o baixo de Nikolai Fraiture complementavam as semelhanças.
Fato é que “Last Night” estava presente neste primeiro EP, tornando-se um hit atemporal. O mundo aguardou (e muito!) o primeiro disco que chegaria logo depois já por uma grande gravadora, mas sem perder o aspecto orgânico e as composições que narravam as experiências de toda uma cena alternativa que se formava em NY.
Depois do dia 29 de janeiro de 2001, a música ganhou um novo respiro, uma nova fase. O Strokes provocou uma ruptura no que seria produzido a partir dali e influenciou grande parte das bandas e artistas que chegaram depois. Por isso, este primeiro EP tem um lugar de destaque na história.
Agora que você já sabe de tudo isso, aperte o play e desfrute o frescor deste compacto, uma provinha do que seria um dos discos mais influentes do século XXI.
