“Plastic Hearts”: novo álbum de Miley Cyrus chega às plataformas digitais

Nesta sexta-feira (27), chegou finalmente às plataformas digitais o novo disco de Miley Cyrus, Plastic Hearts. Desde que surgiu como uma ex-Disney, a cantora sempre foi categorizada em caixas de “pop” e “pop/country”, quase sempre por pessoas que subestimaram (e muito) sua capacidade de crescer artisticamente.

Ainda é bem comum que grande parte das pessoas ignorem o fato de que todo o artista passa por um processo, e que quase sempre este processo está ligado ao momento de sua vida pessoal. Desde que passou a integrar m outro tipo de cena musical na indústria, Miley sempre se destacou como uma das cantoras de mais personalidade, sempre refletindo com honestidade seus momentos em suas músicas.

“Plastic Hearts” é o sétimo álbum da cantora Miley Cyrus.

No EP She Is Coming (2019), já ficava bem evidente o amadurecimento da cantora e como sua arte estava evoluindo. Agora com este novo disco isso fica comprovado, quando ela não só moderniza a estética inspirada em Steve Nicks, como também cria uma nova identidade mais livre de si e dos outros.

Entre as colaborações deste álbum, estão “Priosioner” gravada com Dua Lipa, “Night Crawling” com Billy Idol, e “Bad Karma”, que traz a guerreira do rock, Joan Jett. Sim, o puro suco do pop dos anos 1980, 2000 e 1970. Mas é nas canções sem as participações que Miley brilha ainda mais.

A faixa que dá nome ao disco, por exemplo, traz um arranjo bem calcado em suas referências musicais. Ouvimos uma voz bem diferente, mais adulta e com mais sentimento. O que a deixa livre para brincar numa balada como “Angels Like You”, que lembra muito pianos e guitarras do glam rock, mas traz beats bem característicos dos anos 2020.

Talvez o ponto mais fraco esteja nas faixas que transparecem aquele pop anos 90, como “Hate Me” (essa bem final dos anos 90 mesmo, soa quase como Avril Lavigne em alguns momentos) e “High”, que até anima com o refrão, mas ainda assim puxa muito para um pop mais genérico, digamos.

Assim como no single “Midnight Sky”, este álbum sem dúvida é o melhor da carreira da artista. Se em Bangerz ela seguiu sem medo rumo ao melhor do pop daquela época, agora ela encara livremente a contemporaneidade de suas referências musicais e entrega um conceito que não parece mais artificial. Um presente que os fãs aguardavam há muito tempo, mas um presente também para qualquer apreciador da boa música.

De quebra, a versão lançada hoje ainda conta com faixas extras. Ela incluiu no álbum a versão incrível que fez para “Heart of Glass” do Blondie, “Zombie”, do The Cranberries, e o remix de “Midnight Sky”com a musa Steve Nicks.

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