Na contramão: Madonna bate o pé e recusa-se a vender catálogo musical; “propriedade é tudo”

Muita gente já o fez recentemente: Bruce Springsteen, Phil Collins, David Bowie, Neil Diamond, John Legend… Agora, nem todo mundo vê como bons olhos a ideia de vender o catálogo musical, algo que virou uma espécie de “moda” nos últimos tempos. E uma delas é a Rainha do Pop. E Madonna foi enfática na sua afirmação: assim como ninguém vai dirigir o filme sobre sua história, ela não quer que ninguém além dela seja dono de seu precioso catálogo de grandes sucessos

Em recente entrevista ao periódico americano Variety, a cantora falou sobre o empresário de longa data, Guy Oseary, e foi categórica ao explicar o motivo de recusar propostas envolvendo a venda de suas obras, sem muitos rodeios: “porque são minhas músicas! Propriedade é tudo, não é?”

Seguida por vários artistas do show business, a venda de catálogos musicais gerou um retorno financeiro enorme para gente como Bruce Springsteen, por exemplo. No primeiro semestre do ano, The Boss fechou um acordo com a Sony em quase US$ 500 milhões, aproximadamente R$2,8 bilhões, pelo rico portfólio de melodias marcantes como “Glory Days” ou a universal “Born In The USA“. Outro exemplo de negociação bem sucedida foi Bob Dylan, que levou US$300 milhões da Universal Music em troca de mais de 600 músicas de sua carreira.

Ao contrário da maré, Madonna viu outro caminho e fechou um acordo com a Warner Records em 2021 para que todas as suas músicas ficassem sob os cuidados da gravadora, mas não sendo de propriedade dela. E neste ótica, é uma vantagem para ela, já que este modelo de negociação permitiu que a Rainha do Pop ganhasse mais liberdade para supervisionar e organizar reedições, lançamentos especiais e outras ações com suas obras.

“Estou apenas procurando maneiras interessantes e divertidas de relançar meu catálogo e apresentar minha música a uma nova geração”, afirmou ainda na entrevista. E a decisão vem de encontro ao que ela mesma decidiu sobre sua cinebiografia, que será roteirizada e escrita por ela.

Não exageramos quando podemos tachar Madonna de “self-made woman”, ela bate o pé e não da colher de chá pro azar, pura e simplesmente.

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